O verdadeiro propósito da religião não é promover sermões sobre teorias ou filosofias difíceis; é ajudar as pessoas a se tornarem indivíduos morais e virtuosos. Nos Analectos de Confúcio, encontramos o ensinamento de que falar é fácil, mas agir é difícil. Isso é absolutamente verdade.

A maioria das pessoas acredita que não pode atingir seus objetivos de se tornar grande, obter sucesso financeiro ou ter sucesso na carreira apenas por meio de boas ações. Eles acreditam que é inevitável que cometam algumas más ações também. Eles também pensam que mesmo na busca do prazer, o vício é mais agradável do que a totalidade de alguma atividade.

Essa maneira de pensar continuou por tanto tempo que se tornou uma espécie de sabedoria mundana; é considerada uma forma de vida de bom senso. Desde os tempos antigos, a humanidade tem tentado corrigir essas ideias por meio de leis, educação moral e coisas semelhantes, mas com muito pouco sucesso.

É aí que entra a religião, mas se uma religião pode ser eficaz ou não depende inteiramente de quanto poder ela tem. A razão é que aquele que não tem poder não pode vencer o mal. Essa também é a razão pela qual os seguidores de algumas religiões não conseguem vencer a tentação de cometer o mal.

Deve surgir uma religião que tem o poder de vencer o mal. Só é assim que uma sociedade melhor e um mundo mais feliz podem ser realizados. Isso é o que significam as palavras do título, “Fé significa justiça”.

3 de junho de 1950