Não faz muito tempo, escrevi um artigo intitulado “Superar o Mal”, no qual dizia que não devemos ser derrotados por pessoas más. Aqui, não escreverei sobre o mal dos outros, mas sobre o que se esconde em nossos próprios corações e mentes e que deve ser conquistado.
O bem e o mal estão em constante luta dentro de todos os seres humanos. No budismo, isso é chamado de luta contra as paixões mundanas. Já que não há limite para os desejos humanos, seja dinheiro, sexo, poder, fama ou total liberdade de vontade, o mal está sempre empurrando sua cabeça para cima. Deuss tenta derrubá-lo dando avisos ou admoestações. Deus também tenta encorajar o indivíduo dizendo: “Ajude os outros. Tente fazer isso para que os outros possam ser felizes.”
Desta forma, o bem e o mal lutam um contra o outro sem parar. Este é o estado natural de um ser humano, que é o senhor de toda a criação. Por isso, se o mal é vitorioso, o crime se perpetua e dá origem à infelicidade, ao passo que, se o bem vence, há felicidade. Tudo isso é muito claro e parece bastante simples, mas embora ele saiba que é verdade, é difícil para o homem aplicá-lo em sua vida, especialmente se ele não tiver fé. Aquele que acredita em Deus sabe disso muito bem, então raramente cede ao mal. Mesmo assim, essa não é uma prática fácil.
É o espírito secundário que leva uma pessoa a praticar más ações e o espírito guardião que a leva a praticar boas ações. Acima de ambos está o espírito primário, que incita constantemente o homem a ser absolutamente bom. Portanto, o homem deve sempre se esforçar para fortalecer o poder de seu espírito primário.
Este é o poder que conquistará a raiz de todo o mal, por isso devemos sempre fazer o nosso melhor para torná-lo mais forte. A única maneira de fazer isso é orar a Deus e fortalecer nossa fé Nele. Não podemos alcançar a verdadeira felicidade de nenhuma outra maneira.
20 de junho de 1951